Um achado perdido em uma bolsa qualquer, pelo estimado Moraes, meu poetinha do subúrbio, dentre os meus Moraes preferidos, que sempre soube me arrancar sorrisos.
Sorriso em voz
Por perto do meu redor
Sinto a presença auspiciosa e perene
De jeito puro, num silêncio entrecortado em voz
Vejo a aparição discreta da beleza tênue
Vem-me
Faz-me teu, de filho pródigo e amor solene
Porque de mulher exata
És antítese e prova
Com erros e palpites apenas me maltrata,
Quando bota aquele decote de blusinha roxa, ou o blush nas bochechas cor-de-rosa.
E depois o salto
Alto
e o dengo e charme na prosa
Ser a ti atento
Ver-te num instante de calma e a fúria a exaltar-te nas têmporas
Ver-te bufando feito o mais forte dos ventos,
E acalmar-te num abraço que cheira amêndoas
Pois adoro ver você, mulher
De ver como dos homens em nada depende, pelo contrário, és farta
Ao passo de até (imagine!) se vier
De encontro a ti, no banheiro uma barata,
Não pestanejas, mata.
Pára e me diz:
"ó de Moraes, vai à frente que eu tô a esperar na esquina"
Ora! Que gesto infeliz!
Não vês que não passas de menina?
Infâmia.
Deixe estar que eu hei de ter fama
E você em casa, na minha cama
Seja franca:
"Por que achas que de mim tem tudo?"
"Não bobinha, não são teus seios e não são as tuas ancas"
Que absurdo!
Na tua frente, sob os teus olhos, me sinto como se fosse nu
Gosto de ti porque é estranho garota.
Gosto tanto do seu All-Star, o branco e o azul
Mas que bela senhorita
Se fosses ao meu tempo, este vestidinho em que rebola as ancas
Era de chita
Esses homens são umas antas
Pensar que de fato são gigantes, que pelo tamanho espanta
Desarmaram-se num mal-me-quer
Feito criança com o copo de Fanta
Uva. Porque laranja minha mãe diz que faz mal à garganta
Acham que podem com o sorriso dela que encanta
Sorriso que vale mil palavras ou gestos. Sorriso de mil tons, ele canta.
Sorriso em voz
Por perto do meu redor
Sinto a presença auspiciosa e perene
De jeito puro, num silêncio entrecortado em voz
Vejo a aparição discreta da beleza tênue
Vem-me
Faz-me teu, de filho pródigo e amor solene
Porque de mulher exata
És antítese e prova
Com erros e palpites apenas me maltrata,
Quando bota aquele decote de blusinha roxa, ou o blush nas bochechas cor-de-rosa.
E depois o salto
Alto
e o dengo e charme na prosa
Ser a ti atento
Ver-te num instante de calma e a fúria a exaltar-te nas têmporas
Ver-te bufando feito o mais forte dos ventos,
E acalmar-te num abraço que cheira amêndoas
Pois adoro ver você, mulher
De ver como dos homens em nada depende, pelo contrário, és farta
Ao passo de até (imagine!) se vier
De encontro a ti, no banheiro uma barata,
Não pestanejas, mata.
Pára e me diz:
"ó de Moraes, vai à frente que eu tô a esperar na esquina"
Ora! Que gesto infeliz!
Não vês que não passas de menina?
Infâmia.
Deixe estar que eu hei de ter fama
E você em casa, na minha cama
Seja franca:
"Por que achas que de mim tem tudo?"
"Não bobinha, não são teus seios e não são as tuas ancas"
Que absurdo!
Na tua frente, sob os teus olhos, me sinto como se fosse nu
Gosto de ti porque é estranho garota.
Gosto tanto do seu All-Star, o branco e o azul
Mas que bela senhorita
Se fosses ao meu tempo, este vestidinho em que rebola as ancas
Era de chita
Esses homens são umas antas
Pensar que de fato são gigantes, que pelo tamanho espanta
Desarmaram-se num mal-me-quer
Feito criança com o copo de Fanta
Uva. Porque laranja minha mãe diz que faz mal à garganta
Acham que podem com o sorriso dela que encanta
Sorriso que vale mil palavras ou gestos. Sorriso de mil tons, ele canta.
2 comentários:
Madson... Madson...
Guarde este nome.
Parece que já saiu um livro aí do forno. Precisa ver se será servido.
Esse texto é do Victor né?? Eu Lembro quando ele te escreveu isso enquanto vocês namoravam. Lindo, lindo!
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