D'propósito

18 de novembro de 2009

Aviso aos Navegantes !

Os D'propositados que acompanham o blog sabem que sou uma (quase) jornalista de brincadeira. Além de escrever, que é o princípio do jornalismo, eu meto minha cara onde sou chamada ! E mais ou menos como num chamado fui entrevistar no começo do ano Patrícia Palumbo, que muito gentil bateu um papo super bacana comigo sobre música e indústria fonográfica para o programa Pauta Aberta, da São Judas. O Canal Universitário, filiada a minha universidade está reprisando esse programa. Então pra quem não me conhece e tem curiosidade de ver a minha cara é uma ótima oportunidade. Para quem me conhece e quer ter a oportunidade de criticar, também !

A reprise vai ao ar hoje, quarta-feira, às 18h e na madrugada de quarta para quinta às 3h da manhã. No CNU, canal 11 da net, 71 da TVA ou 187 da TVA Digital.
Quem não tem tevê a cabo é só sintonizar no site, destacado no link acima.

Agora, d'propositem lá, na telinha ;)

Axé, saravá, sorrisos largos e amem.

15 de novembro de 2009

Dois olhares

A minha última imagem de você é sempre o seu olhar desviando do meu. Eu largo os olhos e passeio pelas suas mãos, pelo seu disfarce em ler o montante de papéis que segura. E eu paro nos papéis e nos seus dedos, nas pontas deles. Gostava da maciez e da delicadeza em que eles me abordavam. Então eu disfarço e de canto de olho te pego levantando a cabeça e a retina pra observar qualquer detalhe meu. Seja no cabelo, na blusa, na curva entre a cintura e o quadril, nas pernas, quem me acompanha e se olho mais profundamente para alguém como olhei pra você. Olho! Olho pro mundo e pra todos os olhos que não se pareçam com os seus. Porque não consigo mais me enxergar na sua visão.

Apesar do desejo da observação, antes de me levantar e ir, eu tento mais uma vez ver quais são as cores dos seus olhos que o tempo me fez ter dúvida. Você não olha, não levanta o olhar. Está preso ao papel, está com os olhos presos ao papel, porque a mente vagueia pela minha presença que te atordoa, incomoda e cega, faz de conta que não vê a ponto de me fazer acreditar que o que está aí não pode durar. E o que está aqui também não. Aqui é saudade e aí é vontade.

12 de novembro de 2009

Deixa rolar

Se há uma coisa que um garoto ou uma garota descobre ao crescer, é que a vida é uma série de riscos, praticamente uma relação de causa e efeito. Desde sempre. Quem não arrisca não petisca. Diz o ditado e a vida. Na escola as crianças correm sem medo de cair, mesmo sabendo que uma hora terão seus joelhos em atrito com o chão. Alguns joelhos sagram mais, outros menos. Em alguns ficam marcas, em outros só lembranças. No playground a criança se arrisca a descer do escorregador mesmo sem ter ninguém a esperando no fim da descida, e enquanto não cria prática pra chegar na superfície, ela se joga no chão. Mas não se importa, nem desiste. Criança arrisca pela diversão.

Adulto arrisca por tesão. Os que arriscam. Um cabra perspicaz é sempre um remanescente de sua infância, não permite que os medos parem uma ação. Isso se tratando da maior parte dos homens, porque ao contrário dos machos corajosos, mulheres fazem do seu maior mal o pensamento e a imaginação. Pensam demais, são pouco práticas, verdade, e apesar da incrível intuição parecem surdas a elas. Porque quando não estão perdendo namoricos e horas de sono pensando, estão imaginando, isso é, criando histórias que gostariam que acontecessem, mas ou menos como: “não foi bem assim que aconteceu, mas é assim que eu gosto de lembrar ou gostaria que acontecesse”.

Falo tudo isso principalmente no quesito relacionamentos, mulher se preocupa com várias coisas, mas entre todas, sempre terá homem no meio de alguma história - e bem, para as garotas que gostam de meninas, sempre terá mulher no meio do bochicho. (é difícil ser plural). Quando surge um paquera novo toda moça que trabalha minimamente sexto-sentido, intuição, lei da atração, astrologia e todo instrumento que ajude a ter esperança no relacionamento que se inicia sabe se dará certo ou não. Mulher sente isso, mas como escrevi anteriormente, parece inerte aos sentidos, e claro, acreditamos no que queremos e lá vai a mulher precipitada se enganar.

É incrível, mas toda moça, quase que inconscientemente, sempre projeta no homem o namorado, o marido, o pais dos filhos. Pemm! Não precisa ser sempre assim. Como diria meu editor e também meu menino, Rick, “homem é predador e mulher é coletora”. Homem, boa parte da vida está aí para aproveitar e experimentar as mulheres e suas vivências. E não é errado, é só um modo bem liberal de quem é prático e quer se divertir sem pensar no depois. Mulher, como quer acolher, vai colhendo casos, namorados, amigos; quer fazer de tudo numa coisa só. Também não é errado, é só outra maneira de viver.

Às vezes com mania de pensar demais, falar e agir além, a garota perde um cara super bacana porque fica sofrendo por antecipação. Fica na dúvida se ele só quer comê-la, se gosta, se isso, se aquilo. Acaba por aí vivendo menos do que gostaria e imaginando mais.

Apesar de na escola aprender a cair e a levantar, a ler, a escrever, a respeitar os mais velhos, a comer de boca fechada, a diferença das cores e a mistura da aquarela, no colégio ninguém nos ensina a ser deixados. Somos treinados a deixar, e como na brincadeira, quem fica por último é a mulher do padre.

Eu sou mulher e faço, normalmente, tudo como uma boa mulherzinha. É assim, eu sei a receita, o modo de preparo, mas sempre acho que sei tudo de cabeça e erro num ingrediente ou outro. Mas o importante, acho eu, é errar e errar e errar e continuar fazendo, preparando, improvisando, uma hora o acerto vem. Afinal, pior do que errar é se negar a viver. Toda mulher precisa, no fundo, ser como os homens: uma eterna criança. Diverte-se, cai, chora e logo ta sorrindo de novo.

E como eu já ouvi algumas vezes, o truque ou a frase chave dita por eles é:

- Deixa rolar !

E boa parte de tudo isso vai para a leitora Carolina Serra, que escreveu perguntando o que fazer para não esperar demais das coisas. A resposta está na pergunta, ou em, simplesmente, não pensar, nem imaginar o que não existe.

;)

3 de novembro de 2009

Quase mulher

Zapeando os blogs preferidos fui em um post mais antigo da Tati Bernardi que dizia:

"Você sabe que virou mulher quando consegue sair com um homem e:
1- não picotar o guardanapo do restaurante
2- não fazer desenhos com pequenos pedaços de palitinhos quebrados
3- não fazer bolinhas de miolo de pão
4- não falar de ex namorados
5- não falar da mãe
6- não falar sem parar
7- não escrever um texto sobre isso

(quase!) "


Eu estou quase virando mulher, só faltam os dois últimos itens !