D'propósito

21 de janeiro de 2009

Mobília


Um coração inquieto está sempre arrumando a ordem dos amores, o lugar das dores, os espaços em branco e os apetrechos que merecem ser trocados. Às vezes a inquietude do coração muda só pra satisfazer o ego que é alvo do amor; e que nasce, naturalmente, para ser divido em dois, três, cinco. É amor, e não pode existir avareza entre um sentimento que sustenta a alma e debita a saudade de quem não tem, não pode ter ou é poupado de sentir.
O coração é divido como cômodos de uma casa em mudança, em reforma. Espaços maiores e menores, decoração em aberto, móveis chegando e saindo, poeira, bagunça, barulho, gente, vazio.
O coração, como a casa, tem espaços para serem preenchidos, de preferência, com amor, em proporções maiores ou menores. Com velhas ou novas mobílias.

Um comentário:

LiPpE bOsB disse...

Interessante....isso bem me fareja bem como encontros x despedidas, onde a mudança é composta não só de novas mobílias mais tanto de lentos que trazem novos amores, novos complementos.
Como uma pessoa novamente disposta a amar (aventurar-se), flertar, seduzir e/ou deixar-se ser seduzida, brincar de personagens, talvez???

Bjos