D'propósito

3 de dezembro de 2007

D'segunda

Não sou corinthiana, mas tenho um certo respeito pelo clube. Não que eu aprecie o time, as cores, a torcida, ou tenha estimas pelo goleiro Felipe. Não é isso, e não é só isso. Meu pai, o mesmo que me ensinou a ler jornal e o primeiro e único a me levar ao estádio; é corinthiano – mas eu sou são paulina-. Então, como benção de pai, a gente vê (lamenta) e respeita.
O desejo brasileiro anticorinthiano aconteceu. O timão que ficou mais pra timinho está na segundona. E a segunda de hoje foi alegre, o sol brilhou mais forte, os sorrisos estavam estampados e todo, exatamente todo lugar que transitei, haviam comentários e gritos eufóricos.
Não consegui ver o jogo na íntegra. Peguei partes das jogadas desesperadas da camisa preta e branca que nem São Jorge foi capaz de salvar. Mas algo que meus olhos e ouvidos captaram rapidamente e por acaso, aconteceu no metrô.
Eram 5h10min da manhã, eu caminhava rápidamente com medo do atraso. Quando cheguei à catraca usei meu bilhete para liberar a catraca e minha passagem, até que um homem e uma mulher – os dois funcionários do metrô - chamam a minha atenção com um diálogo que começa por ele.

- Coringão caiu, hein! Agora acabou
- Não. Agora é subir. O importante é se levantar.

Não pude continuar presente na conversa, minha catraca girou. Mas as palavras trocadas alí saíram por leves sorrisos. Sorriso de quem tira um barato da derrota; e um sorriso de quem tem a esperança e acredita no Corinthians, como quem acredita na vida. A eficácia de um ou de outro não é comprovada. Até a sua derrota, que move corações, derramam lágrimas, esbanja alegria e planta esperança. De subir e alavancar o time de/da segunda e das quartas globais.

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