D'propósito

22 de outubro de 2007

Ditos valores

Desde muito cedo, a sociedade e a família - como instituição, nos ensina os valores que as devidas instituições representam. Estimas pretendendo reger-nos, nunca me soou muito bem, no entanto, a tradicional família, minha dependência e a falta de autoridade nunca permitiu rebelar-me. Anos atrás nunca foi possível fazer grandes atos sobre as regras impostas e também nem sempre cumpridas, porém, pensar o contrário nunca foi um erro - motivo de brigas, provavelmente. Mas nunca um erro.

O que sempre enxerguei como correto, é o fato de que o homem só se faz homem com suas atitudes e não apenas pelas palavras. A atitude é assinatura de um contrato; as palavras como palavras, são as letras ditadas da regra de alguém ou de uma vontade própria.

Quando mais jovem, um homem que às vezes se faz presente proferiu-me os valores morais e os familiares. Com os Valores Morais até que me dei bem como sujeito, entendi e concordei com grande parte de seus preceitos. Em contrapartida, fui afrontada pelo tal do Valor Familiar, houve discórdia ente nós e o que ficou acordado é que cederia quantas vezes fosse possível e necessário, até mesmo perder um show somente para imprensa a ir ao jantar de um membro praticamente distante da família, principalmente de você – no caso eu.

Como uma garota nem tão boa samaritana, questionei um jantar tão bobo, mas enfim, a situação me obrigou a perder um show. Indignada comi o jantar em dobro, foi para compensar a indignação. Mais tarde, não muito mais tarde, acontece algo semelhante com o homem que se posicionou como um pastor que dita as palavras divinas do valor, sendo o maior pecador por hipocrisar o que diz e não faz.

Com uma posição muito observadora, obviamente observei (!) que os valores ditos pelo homem e por parte da sociedade, nunca são cumpridos. Isso porque, o amásio na mesma situação que eu – não por um show, mas por um bar, um happy hour e afins, não lembrou do valor familiar dito por ele mesmo. E deixou de comer a pizza que ele mesmo havia marcado e considerado anos atrás importante.

Como uma réplica disse, "cadê os valores?".
E a tréplica foi... um silêncio. Não houve tréplica.

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