D'propósito

16 de outubro de 2007

.Momento irritadiço

Nos últimos minutos do segundo tempo para terminar o jogo dos 18 anos e o ano astrológico 1 (ano, aliás, que não gostaria que terminasse) encontro-me com uma alta pressão de stresse e estupidez. Tenho que respirar 30 vezes para não ser mal educada com alguém, suportar gordos intransigentes, chatos e metidos a espertos (nada contra os gordinhos –alguns até são muito bacanas, mas como tudo, tem suas exceções) e além de tudo, suportar minha tremenda ignorância de ter ido a segunda fase de um emprego super legal, cometendo a burrice e o esquecimento de não tirar o piercing.
Se me permite a falta de modéstia, tenho por mim que fui uma entrevistada na mesma excelência que faço com meus entrevistados – com texto e currículo bem produzidos.Se de fato perder esse emprego pela argola que carrego no nariz, vou me punir, vou retirar o que por tanto tempo virou minha identidade; essa é a punição para que idiotice do tipo não se repita. O que também, me deixa tremendamente irritada é o mercado de trabalho classificar minha labuta ou minha capacidade pelo que carrego no nariz.

Passado esse aperto e respirando 31 vezes mais, a ansiedade e o medo batem a porta com o próximo entrevistado, que provavelmente será um dos meus melhores portfólios nesses corridos dois anos de faculdade. Fora isso, ou parte disso, que também faz parte da revista – um dos elementos que está deixando minha adrenalina a 1000 – isso é como um tcc produzido em três meses.

Pense você que já fez ou já viu de perto alguém fazendo um tcc como é enlouquecedor, a ponto de tirar o sono até quando você precisa dormir e ter lapso de memória como, por exemplo, esquecer de se inscrever para o curso do Estadão que começa amanhã. Eu paro e me pergunto. Como eu consegui esquecer? Só pode ser stresse e muita ansiedade.

Ao último fato estou me culpando mais do que ir a uma entrevista de piercing, esquecer de fazer uma inscrição é imperdoável. Porém, imagino eu que algo de muito melhor deve vir no meu próximo ano astrológico que começa sexta. O pensamento positivo é o que está me motivando e mantendo a esperança viva em mim;, porque mesmo com altos, baixos, gordos e magros, esse foi se não um dos melhores anos já vividos, provavelmente o inesquecível.

Vivendo com os momentos irritadiços agora estou respirando 32 vezes mais. Nesse exato instante começo a escrever o roteiro para o documentário, que também já me amolou como as outras 31 umas respiradas.Humpft... ao trabalho!

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