D'propósito

17 de janeiro de 2009

Pratododia

Quando escrevi sobre os homens serem cafajestes e canalhas devi uma explicação sobre as lanchinhos. Mas antes do lanche, devo dizer que acho mesmo que por influência da lua passando por saturno na minha casa e rua 386, rotulei os homens em duas classes. Rotular, admito, é complicado. Arriscado. Em duas classes então, é absurdo. Um número e qualidade muito pequeno; alguns homens podem ser muito mais do que isso (e isso não é uma ironia – estou acreditando em vocês rapazes). Mas a questão agora não são os cafajestes e os canalhas, são as etiquetas que nós mulheres levamos, e por conseqüência de Vênus na casa Y, acabamos aceitando os rótulos e rotulando as outras.

Eu, por exemplo, tenho asco a mulheres com tipo de comportamento de piriguetes, acho pouco clássico, mas, no entanto, bastante corajoso. Falo do que seriam as piriguetes que em público reverberam sexo explicito, dão o que não são, mostram demais, sem tempo para o mas, e são mais, cada vez mais. Pra mim, o resultado de mulheres com esse visgo para sexualidade e exposição do corpo – que às vezes envolve mais mostrar do que fazer - é uma questão e razão cultural. Um papo além.

A mulher fazer sexo sem compromisso, simplesmente para o bel prazer é válido. Absolutamente válido. Não é um direito só dos homens ter relação com quem ou quantas quiserem. A mulher com postura faz isso bem. E justamente aí que está a linha tênue entre as piriguetes e as lanchinhos, que citei anteriormente.

Por exemplo, a mulher-lanchinho não vai ser nunca uma piriguete, mas uma piriguete é uma lanchinho, fato. A mulher-lanchinho costuma ser interessante, inteligente, tem um papo bom, personalidade e até independente. Mas por um motivo qualquer da natureza a lanchinho não namora ou não quis/quer namorar. Então, por uma questão de necessidade sexual e também para não precisar sair dando para qualquer um, a lanchinho é a mulher que sai vez ou outra com um determinado parceiro para saciar a vontade e, naturalmente, se divertir. A mulher-lanchinho dificilmente vai transar com quem ela não tem o mínimo de envolvimento, o que por fim, o rapaz que contribui com a lanchinho pode ser apelidado de P.A (pênis amigo) ou freela-fixo, que aliás é muito falado no meio do jornalismo.

Diferente de toda a convicção das lanchinhos estão as piriguetes. O que no fundo difere uma da outra é o comportamento da mulher diante do sexo e do parceiro.
Naturalmente todo mundo já foi lanchinho um dia, e quem não foi, será. Isso são como pêlos na puberdade, nasce pra todo mundo, todos têm. Mas alguns ainda disfarçam o título ou posição enquanto lanche.

Poucas são as mulheres que admitem ser lanche, ter lanche, fazer lanchinhos. Isso exige mais do que coragem, é não ter medo de rótulos, como todos que, querendo ou não, etiquetei e defini aqui. Minha tia Luiza, 48 anos e separada bate no peito e diz, “sou lanchinho, sim. E sou feliz assim.”
Eu de 20 anos admito: o lanche já chegou pra mim como os pêlos da puberdade, mas o lanchinho como toda refeição também enche, satura. Eu não digo que dessa água não beberei, nem desse prato não provarei – de novo. Mas dessa refeição já estou satisfeita.

Sexo está além da penetração, e, pra mim, sexo é o prazer de antes, durante e depois de toda uma relação. Sexo é um no outro e ouro num, num só. Sexo é algo muito grande pra ser banal.

4 comentários:

Anônimo disse...

Acho o máximo quando você é desse jeito. Mais sentimento em frases de reflexões elevadas e menos frases feitas da sua preguiça pop.

Au revoir, petite.

Anônimo disse...

falou a voz da experiencia.

. fina flor . disse...

kkkkk, essa eu não conhecia "mulher lanchinho", affff

beijos, querida

MM.

Anônimo disse...

hahahhaa
conheço bem o tipo...mais no caso consegui convencer minha ex a ser o "lanchinho" e bom..até hj ela nao cansou nao hehehehe.bjao e putz mais tú eh gata hein?!