D'propósito

10 de setembro de 2007

Sol, independência e eu

Depois de uma quinta-feira, véspera de feriado e com uma demissão de presente, caminhei pela Paulista sentindo a brisa que só a tarde possui e que há tempos não sentia. O sol, velho amigo sol, me acompanhava, acolhia e aquecia com o brilho alaranjado de seu pôr, que também há tempos não sentia, não via.E, agora inevitavelmente à frente do computador – da minha casa - vejo o sol se pôr entre os arranhas céus que revela a cidade e desvenda a paisagem da vista que meu quarto enxerga.

Para quem acredita em destino pode deduzir sua ironia e sua sagacidade, afinal, quando o Brasil estava à véspera de seu aniversário da independência, de repente, eu perco a minha. Mas só de repente, apenas por um instante, porque na Augusta dois homens, incríveis e eternos no meu viver, me esperavam para acalantar a primeira grande derrota que como minha mãe afirmou “é o primeiro de muitos”.

Depois do encontro com os dois homens e com o sol, que pela lei natural vai-se para dar espaço a lua, eu tive a certeza de que não perdi minha independência. Porque minha independência estão nas palavras, nos gestos, no ser, no ousar e na mesma capacidade que só o sol tem de ser sol e, eu como Camila de ser Dayan, brasileira e não desistir nunca.

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