D'propósito

31 de março de 2008

Putz, putz, tô numa balada

Quando eu coloquei meu pé na adolescência, meu irmão já era um adolescente com o pé, pernas e troncos na idade adulta – ainda com comportamento de um pré-adolescente, como eu. Sempre o via sair para as baladas, ele e os amigos. Achava sensacional e não via a hora de acontecer comigo. Eu cresci, conheci baladas e pessoas baladeiras, não gostei daquele mundo. Depois entrei na faculdade, achei que iria mudar de opinião, afinal, faculdade sempre me pareceu sinônimo de festas. Errei de novo. Já estou no terceiro ano de jornalismo e nunca fui em uma, sequer uma festinha da minha faculdade; e nunca fiz questão de ir, minha praia sempre foi bar, boteco e o samba buliçoso. Mas no último fim de semana me rendi a experimentar uma festa universitária, de uma faculdade que não faço parte – mas quase fiz. À convite de um amigo topei encarar a baladinha open bar.

A festa era Casperiana, sempre tive um afeto pela faculdade tão tradicional em matéria de comunicação, e sempre imaginei que as pessoas mais descoladas e estilosas estivessem por lá. Engano meu. Ainda no estacionamento, várias, mas várias meninas do tipo piriguetes e creu's (Céus, o que eu estou fazendo aqui) desfilavam nos seus saltos altos e maquiagens carregadas.Cheguei com olhar desconfiado e de estranhamento daquele mundo tão distante do meu. Além do putz, putz e o jogo de luz que me deixa tonta, havia uma parte menor com músicas bem mais bacanas, tocou até Tim Maia, aí eu extravasei e sambei ao som de Jorge Ben.
Sérgio Malandro deu a sua graça com o glu-glu e sem perceber eu já estava ali festejando, feita uma Casperiana. Conversei com gente da USP, trombei com sujeitos estranhos, conheci pessoas legais e meninas não-creu's e não-piriguetes, peguei carona com o Zé, dormi no metrô e fui parar em Alto do Ipiranga às 6h e pouco da manhã.

Cheguei em casa depois de muito tempo, viva e cansada, revendo meus conceitos sobre baladas. Algumas realmente podem ser legais, mas sempre onde quer que haja festa, independente do continente, raça, religião ou faculdade, sempre existirá creu's, piriguetes e garotos cariocas. Certo, nem sempre existiram garotos cariocas, mas quanto aos cariocas, isso já é outro assunto...E no fundo eu ainda fico com os meus bares e botecos e voz e violão e samba-canção.

Um comentário:

Anônimo disse...

Desculpe, mas tenho que deixar um cometário : Putz putz ????

Até onde eu sei, nessas festas toca tutz tutz.
Acho que vc estava fazendo referencia as meninas que estavam lá...e valeu a pena ler o texto por esse PUTZ PUTZ!!

mandou bem ;)

rsrsrs
Beijos ;)