D'propósito

6 de abril de 2008

Pequena evolução

Como num filme colorido, lembrei-me dia desses de como era insegura, egocêntrica e indecisa. Não que essas características tenham ido embora absolutamente. A indecisão ainda permanece aqui, mas desde quando descobri que isso me dá alergias, - segundo a linguagem corporal - estou melhorando. Já consigo escolher o sabor do sorvete ou do suco que vou tomar sem fazer a pergunta, “e agora?”, que era muito comum. Hoje, solto apenas um “Mmm, esse!” e pronto, a indecisão se torna decisão e tudo por causa de um Mmm.

Já com o egocentrismo, a técnica foi outra. Confesso, melhorou praticamente 80%, sei que dizer isso já me faz parecer egocêntrica, mas isso é comparado com o passado e colhido com os resultados dos que me cercam. Para contornar o ego em demasia que existia em mim, não foi fácil, principalmente para os que me remediaram. A primeira figura que encontrei e conseguiu resultados foi uma mulher danada, me minimizou uma porção de vezes até me fazer notar que eu não era grande, era pequena mesmo. E ainda que fosse grande não seria eu que ia deduzir isso, alguém me falaria. Dona Maria Andrade na sua postura de mestre, me deu postura e sem censura.

Depois veio um amigo, um irmão e bailarino, Harry. Quando ele chegou fiquei com ciúmes. Todo mundo achava graça nele, porque ele é fofo, inteligente, carismático, maduro e na época com 15 anos já morava sozinho aqui na cidade de pedra. De repente meus amigos eram os amigos dele, e a Andrade que era nossa professora – de quem também tinha ciúmes - sempre protegia ele e o deixava entregar lições e trabalhos atrasados. Fiquei revoltada com tudo aquilo. Eu levara uma vida inteira para construir meus laços e um respeito moderado com a Maria, para o Harry sem esforço nenhum conquistar tudo aquilo e a mim. Eu criei um amor incondicional por ele, algo que definimos que vem de outras vidas, e reparei que ele não havia conquistado todos nós ‘sem esforço nenhum’, pelo contrário, a diferença é que cada um tem um tempo e uma força que leva com sua simpatia e carisma os laços serem mais rápidos ou não.

E foi ali diante de respeito e carinho, que descobri que meu ego não valia nada e minha insegurança era tola. Pessoas como a Maria, o Harry, o Victor, a Alline, o Felipe e outros que foram e são fundamentais para minha transformação e segurança, eu não devia temer a perda. Porque aquilo que conquistei ninguém tira, foi assim que aprendi e assim tem sido até hoje, com segurança, um ego bem pequenino e uma indecisão ainda em estudo.

Um comentário:

Anônimo disse...

é realmente meu amor algo de outras vidas.....
Um sentimento incrivel, que mesmo a distância em que vivemos não me deixa ter medo de te perder, pois sei que conquistei e foi pra sempre, mais isso não me impede de reclamar a sua ausencia em minha vida , e a minha na sua....enfim, nossas vidas são bem distintas...mas enquanto pudermos sentar e tomar um café, juntos, não vou questionar o destino...

Espero anciosamente aprender como vc a não temer o que ganho.....segurança esta que á meu ver depende, da outra pessoa.....assim como sei que jamais vou te perder em minha vida, e só sei pq vc me mostrou isso, não consigo simplesmente, acreditar que não vou perder, pq confio em mim....isso realmente é esse tal de ego, que grita dentro de vc....e que claro que existe dentro de mim, afinal de contas sou artists, rsrsrsrsrs.....

Mas ainda estou buscando toda esta evolução, "egocentrial" rsrsrsrsrsrs

Bju no coração

De seu eterno fã....Harry