Pela vida imprevisível que eu sou capaz de ter e viver, ontem às 20h eu já estava livre das aulas de rádio e tevê. Depois disso, encontrei com o moço de Tremembé e conheci um mineiro - de uma cidade muito pequena, da qual eu não lembro o nome, mas recordo que é próximo a Montes Claros. Esgotada de faculdade e depois de um segunda feira atípica com a direito a boas companhias, cerveja, chocolate e Tim Maia racional, eu devia ir para casa. Pois bem, devia foi o verbo que não conjuguei ontem.
Influenciada por mais chocolate e as risadas trocadas com os garotos, fui à aula de direito com eles. Nunca tinha reparado muito nos estudantes de Direito, sempre ouvi comentários - nem tão positivos da ala dos advogados. Porém, no papel de jornalista (ou quase) fui experimentar e viver as leis regradas no 3º andar.
A coisa lá é muito mais interessante do que nas minhas aulas de legislação. Fato. Mas, além das aulas, ali habitam pessoas que eu JAMAIS vi em comunicação. Já aviso que não é preconceito nem predileção ao meu curso, é percepção.
Todas as meninas tinham os cabelos devidamente lisos, escovados, alisados. Até aí nada muito incomum, afinal, eu sou uma pessoa naturalmente escovada, porém, ontem e essa semana estou desfilando com as madeixas naturais, por ironia ou não do destino.
Seguindo a percepção, todos os alunos são alinhados, meninas e meninos. As moças maquiadas, nas alturas com seus saltos e posicionadas como mocinhas. Os garotos todos direitos – sem fazer trocadilho – eretos nas cadeiras formando devidamente um ângulo de 90°.
Eu provavelmente já devo ter causado um estranhamento quando entrei simples, sem maquiagem, de tênis, bolsa de retalhos e um estilo, digamos, a lá comunicação. Mas ninguém me tratou mal por isso, já ganharam ponto.
Além da aparência, muito ouvi falar dos egos dos advogados - e dos jornalistas, claro. Eu sou a prova viva que jornalista é chato, pelo menos os estudantes do noturno são - existe uma briga de egos que se você não se abaixa te acertam. E o mesmo sempre ouvi da turma de direito, o que não notei nem um minuto das horas que fiquei naquela sala. O dito de que “advogado pensa que é Deus, jornalista tem certeza” vai ser revista por mim; teoria a ser melhor avaliada.
E notando tão de perto as pessoas, cheguei no final da aula e disse para o Mineiro vizinho de Montes Claros.
- Ei, você tem cara de cantor sertanejo!
Sorridente, surpreso e me abraçando ele respondeu:
- Nossa! Ahá, uau. Muito obrigada. Essa menina é muito legal! Você entende tudo..
Claro, que o moço de Tremembé, vulgo meu primo Rodolfo cortou o calor do Mineiro e Sertanejo.
O rapaz partiu feliz. Embora tivesse cara de cantor sertanejo, ele não se vestia a caráter. Eu não fiz meu comentário a ele para ser um elogio, tampouco uma crítica. Mas ontem saí daquele andar e daquela aula notando que não precisa estar à vista nem ser visto, a questão, é que tudo sempre parte de um ponto...
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de vista.
4 comentários:
Nussa... Prima!!! adorei...olha so, duas cronicas q eu ja apareço em...vo começa a participar mais do seu dia dia, para entrar mais vezes no site hahahaha
Adorei essa, e quando quizer assisti denovo uma aula so avisa, e a proxima tem q ser de penal, dai vc vai da risada!!!
e vc viu q seu primo e ciumento ne!!! BASICO...uahsuhas
Beju minha PRIMA!!!
Senhorita Dayan.
Meus parabéns pelas exímias palavras,MUITO BEM COLOCADAS. Gostei tanto que até sinto-me honrado ao ver o meu nome nas entrelinhas do texto (Entrelinhas porquanto "Mineiro" é uma denominação muito vaga e generalizada ao mesmo tempo!). Mas tudo bem,Após a companhia na aula de Direito Civil,o elogio serteneiro e uma linda crônica você está perdoada. hehehehehehehehehe... Bobagem minha,só uma brincadira!!!
Parabéns mesmo...adorei.
Beijos
“advogado pensa que é Deus, jornalista tem certeza”
hahahahha
adorei!
e como boa aspirante ao JORNALISMO me identifico.
um beijo
heheh a câmara vai acabar com o décimo terceiro? não pode!!!!!!!!!!
mila ,esta´lindo seu blog, bjususs
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