D'propósito

4 de julho de 2008

Boa vizinhança

Como é de costume e de minha obrigação, peguei meu cachorro luck para passear. Saltitante e buliçoso com seu rabo curto (ele é um cocker), caminhamos para o elevador, e como também é de costume eu cantava, dessa vez soltava a voz com “meu nome é gal, meu nome é gal”, no hall – o retorno da voz é ótimo. Chega o elevador, abre-se a porta e com uma certa timidez do meu canto ter sido ouvido eu pergunto:

- Desce ?

E com um sorriso o casal que estava no elevador confirma que sim. Usando a educação da boa vizinhança eu pergunto se eles têm medo do cachorro. E como resposta: mais um sorriso. O que pra mim sempre significa algo positivo, achei o sinal além de simpático, uma permissão para a entrada minha e do luck.
Do 8º andar – onde moro – até o térreo é um caminho, não muito longo, mas também não muito curto; o suficiente para o casal, meus vizinhos que vi pela primeira vez, dialogarem em francês. E isso não era um treino da língua entre eles.

O rapaz era mesmo francês, tinha todo o tipo. Ela tinha cara de francesa – elegante a moça - mas também tinha cara de brasileira. Entretida na conversa do casal eu não disfarcei a curiosidade e a atenção para o diálogo.
Quando chegou no térreo eu arrisquei bonne nuit e sai animadinha, feito meu cachorro ansioso para passear. O casal retribuiu o meu 'boa noite' e seguiu para o subsolo.

Moral da história: não tem moral, é só pra dizer que arrisquei no francês e tenho vizinhos franceses. Só.

Ps: inacreditavelmente hoje à tarde no mesmo vagão de metrô que eu, encontrei minha vizinha francesa . Coincidência ou não, achei isso um sinal, só não consegui traduzir o sinal, ainda.

Nenhum comentário: