As pessoas vêm e vão e como trem sem hora marcada, embarcam, desembarcam, correm contra o tempo e buscam satisfação. Estela conta os minutos e atrasa o relógio para uma doce ou qualquer ilusão. Espera, caminha e nada. Então, recorda o passado, imagina o futuro e na constante mudança dos passos que conduzem sua estação, retêm na memória as coisas que ama, que não se perde, nem se esquece jamais. Como os sorrisos, os grandes abraços, as discussões tão úteis, as longas conversas sobre a vida e qualquer coisa do dia-a-dia.
Sem pedir licença, os lugares se modificam, a vida se transforma, o trem muda a direção e Estela, cansada de esperar, embarca junto com o futuro. Mas ainda, vive marcada pelo último adeus daqueles que vêm para ficar e se despedem.
01/09/06
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