D'propósito

6 de fevereiro de 2008

Alalaô


Pela primeira vez em anos, a folia desse carnaval foi lá em casa. Como manda a regra da minha mãe e família, carnaval é a data que independente do clima, do ano astrológico, da política e das estradas, o feriado mais animado do ano é sinônimo de viagem e diversão. Bacana. Eu achava isso legal, mas – e sempre tem um mas – esse ano resolvi fugir da multidão, das rodovias, e das praias lotadas - e com pouco calor - A festa começou na sexta de madrugada com um apartamento todinho só para mim e para o Luck. Fiz o carnaval à moda paulistana. Freqüentei cinemas, cafés, e não deixei de ir ao Ó do borogodó. Além de tudo, tomei café da manhã na varanda que ele fez.

Além do carnaval atípico, experimentei a delícia de morar sozinha e, aprendi que vivendo apenas meu cachorro e eu, ele late menos e eu só me alimento de Macarrão – é a única coisa que sei fazer, além do arroz -. De sábado até terça-feira comi macarrão com molho e não enjoei. Limpei a casa animadíssima, ao som de Tim Maia, Rita Lee, Lulu Santos, Fabiana Cozza, Paulinho da Viola e claro, Roberta Sá.

Dancei na frente do espelho, cantei o mais forte e o mais alto que pude no banheiro pra fazer bastante eco e ter o retorno da voz – fundamental. Experimentei um monte de roupa e andei nua pela casa. - rárá, isso foi divertido.
E por fim coloquei o vestido novo e o sapato que sempre machuca e que dessa vez não machucou e fui para o samba. Acho que estava estilosa e bonita. Bom, pelo menos escutei elogios, não só masculinos, mas também femininos. Me senti quase a Roberta Sá e uma Falsa Baiana de Dorival Caymmi.

Queira ou não queira terminou o carnaval, mas não faz mal, não é o fim da batucada, porque eu continuo sambando e levando o ritmo buliçoso que fez meu carnaval balançar nas marchinhas e no bloco do eu sozinho.

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