-O quê?
-Você já se apaixonou?
-Você disse que ia me contar uma coisa, não me fazer uma pergunta?
-É, mas uma coisa depende da outra.
-A paixão e a pergunta?
-Sim, porque a paixão sempre causa dúvida, não?
-Em você parece que sim.
-Em você não?
-Às vezes...
-Você pode ser mais objetivo?
-Só em poesia concreta. Nessas coisas de amor sirvo só pra objeto.
-E isso é bom?
-Às vezes...
-Por quê?
-Porque, lêem as cartas em sorriso e rasgam-nas em último soluço
-Hã? Ta falando do objeto?
-Não, da paixão.
-Mas e o objeto?
-Vem junto...
-Com a paixão?
-Não, comigo.
22 de julho de 2007
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