D'propósito

23 de junho de 2008

Quimera

Há muito tempo Estela não sonhava com ele, não sonhava com outro, não sonhava com nada e ninguém. O sono das noites era escuro, feito o azul onde as estrelas se destacam.

Em uma noite de lua cheia Estela surpreendeu-se; depois de meses sem ver cores e imagens durante o sono, sonhou novamente com o que sonhara acordada todos os dias: ele. O rapaz dos sonhos aparecera durante a noite, carregado de chocolates e palavras que só o seu sotaque seria capaz de convencê-la. Mas ela não ouvia o sotaque, o sonho era mudo, feito o cinema de Charles Chaplin.

Ele pedia para ficar com Estela, e ela como quem não ouve, fingiu não entender seu pedido. Deixou para os sonhos. Quando acordou, Rita Lee tocava no rádio Amor e Sexo, a música que definia bem as escolhas na sua vida de novela e os seus sonhos de cinema.


2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom o começo do seu texto!!!
Assim como o final. Ele surpreende, te deixa curioso para saber de quem você está falando!
Muito bom!

Fala Cá, lembra de mim né???rsrs
do SESC?!
bjuxx

PS:tomei coragem e fiz um blog, quando puder, dê uma passadinha por lá!
http://umkiloemeio.blogspot.com

Anônimo disse...

que bonito !!!
é prazeroso ler coisas como essa!
Um beijo