D'propósito

8 de junho de 2008

Um sábado de estepe lesado

Todo carro tem o estepe como equipamento. Na bolsa ou no celular de uma mulher, não é diferente. O problema é quando esse estepe não funciona, principalmente num sábado de lua nova. Na verdade, a lua nada tem com isso, acho. A lua só influenciou porque ia cortar o cabelo e minha mãe disse, “não! Lua nova não é lua boa para cortar”.

Então, com os cabelos de sempre, depois de uma semana difícil e um sábado razoável de trabalho decidi: hoje eu não fico em casa. Decisão essa tomada às 21h, depois da indecisão de um filho da mãe que tem o poder de me prender como nem minha mãe e meu pai conseguiram a vida toda. Mas como uma garota de 19 anos, resolvi ser como uma garota normal de 19 anos; sair para uma baladinha qualquer e me divertir.

Primeiro liguei para o Magno e aceite a proposta da festinha. Legal. Arrumei-me e fiquei toda bonita, na esperança que o telefone tocasse sendo o filho da mãe para me fazer desistir dizendo: estou te esperando aqui embaixo. Mas como sempre meus desejos são mal interpretados, o telefone tocou e era o próprio Magno dizendo que a festa estava terminando, quando eu já estava a caminho. Aproximava-se da meia-noite quando soube desta má notícia. Porém, como uma menina moça decida a sair continuei o destino – sem destino.

Equipada com meu carro de ano 88, liguei para o primeiro e principal estepe, que estava inutilizável pro meu carrinho. Segunda ligação, estepe já ocupado. No terceiro estepe com o carro cheio de vários outros estepes, me informam que não havia estacionamento para o meu Fusca, o que simplesmente significa, que não tinha mais convite para mim na festinha dos casperianos.

Para rir e não chorar liguei para o amigo de todas as horas e perguntei se ele recomendava/lembrava algum outro estepe, até porque, da fruta que eu gosto, ele chupa e joga o caroço na terra para nascer mais; além de ter uma memória ótima.
Com todas as opções falidas, voltei para casa necessitando renovar os equipamentos do meu carro, que ultimamente só tem me guiado a furadas.

Com uma amiga entregue para Deus e ao casamento, uma filosofando em terras de São Tomé das letras, outra piriguetiando demais, um dançando em Campinas e outro voltando de Osasco, me vi obrigada a retornar para casa.

Com meus créditos no fim, não-seria-tão-necessitada para pagar o mico de mais uma ligação com um convite parecendo indecente. Afinal, ligando depois da meia-noite, meus estepes vão achar que eu queria de fato algo mais profundo do que companhia, cerveja e boas risadas. Com o estepe principal eu até topava uns sorrisos e umas gargalhadas mais longas, mas esse pampa já está velho e na hora de trocar. No entanto, como qualquer estepe, devo deixar guardado, fazer o backup. Até porque, mesmo que nunca use é sempre bom guardar o equipamento amigo; a gente nunca sabe quando vai pegar uma estrada pouco pavimentada, num sábado à noite e usar em um automóvel precisando de revisão.

3 comentários:

Diego Paes disse...

Não me senti mto bem sendo comparado a um estepe com vários outros estepes no carro! hahahaha

sempre há estacionamento pro seu Fusquinha... só nessa festa aó que não rolou!

LiPpE bOsB disse...

Rsrsrsrs...é amiga, não foi dessa vez!
1º um aniversário em pelno sábado que termina antes da meia-noite, pessimo deve ter sido mesmo...

2º os amigos casperianos que não descolam nem unzinho convite...

3º o filho da mãe que já tinha outro compromissos...e ficou não mão tb!

e por último, ou melhor que estive nesse passa-tempo todo no cel. contigo distante voltando de Osasco num puta transito na Marginal Tietê, não consegui nda e como vc disse "até porque, da fruta que eu gosto, ele chupa e joga o caroço na terra para nascer mais..."; kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk as que vc gosta, vc sabe né eu não curto.

LiPpE bOsB disse...

"os que vc gosta, vc sabe né eu não curto." digo: os mais fofinhos...hehe