Eu não sei exatamente qual é o mal moderno da sociedade, mas desconfio qual seja a dos homens. Na verdade, eu não sei dizer se, de fato, é um mal moderno desses cabras que deveriam pertencer somente às mulheres, mas a moléstia do público feminino é a felicidade do público homossexual. Explico.
Dia desses, quase ontem, num papo sobre homens e gays – em especial - da minha vida, um jornalista amigo meu, disse que meus ex-namorados devem ter terminado comigo por causa do blog.
Tati Bernardi que tem histórico desses, eu não, acho.
Ele não disse isso só porque acha que eu falo demais aqui, mas também, por alguns deles (ex-namorados) serem gays.
Quando diz que falo demais, eu concordo. Mas o que contêm no D’propósito não revela 10% de tudo o que a minha vida reserva. Além do mais, muitas palavras são obras da minha ficção, que no final, só eu sei dizer o que é real e não. O que deixa pra mim, enquanto autora-leitora, uma certa sensação de emoção, uma excitação.
Como se não bastasse a infelicidade de poucos homens assim, verdadeiramente interessantes, sedutores, misteriosos, namoráveis e fofos (sem ambigüidade na última opção, ok?), os que preenchem a tabela com os requisitos básicos femininos são gays ou se tornam depois de um relacionamento heterossexual. É o que eu estou concluindo com o meu amigo jornalista, que jura não ser gay.
Entretanto ou entre-tantos homens heteros e gays suspeitos do meu passado, chega ao meu ouvido que dois dos meus ex-namorados viraram gays – pausa pra ficar bege.
Está certo que o primeiro deles nem chegou a ser namorado, namorado, mas sim, um caso como tantos outros. Meus amigos gays insistem em dizer que o rapaz cortava para os dois lados. Tudo bem, esse foi o primeiro e pensei: vai ver ajudei o cara a ser feliz se descobrindo. Afinal, com a quantidade de amigos homossexuais que tenho acho que eles acabam influenciando meus paqueras, só pode ser isso.
Não que a dubiedade dos ex sejam culpa dos amigos, não mesmo. A questão é que homem gay é super divertido, e se eu fosse homem seria gay, sem dúvida. Mas a grande questão no papo entre meu amigo e eu é a capacidade que tenho de deixar os homens afeminados.
Certo, meu primeiro namoradinho passou, apesar de ainda não ter admitido o gosto pela carne masculina. Mas na boa, errar uma vez é humano, persistir no erro é burrice. E segundo os estudos e suspeitas, meu segundo namoradinho foi, é ou será gay; o que me fez persistir no erro e ganhar um atestado de burra.
Até onde sei, eles – os ex-namoradinhos - não me traíram com homens, assim eu peço a Deus; mas não é que os cabras gostam mesmo da mesma fruta que eu. E num mercado onde a inflação de homens é tão perigosa quanto a de alimentos, eu não quero dividir o meu pão.
E antes de pensar qual a fruta que eles degustavam, todo mundo dizia, “Ah, não sei não, mas desconfiam que ele seja gay”. E eu logo dizia que não, porque os dois ex-amorzinhos meus faziam de tudo por mim, eram doces, melosos e apaixonados demais. Impossível que fossem, mas os indícios dizem que sim, são femininos e meiguinhos demais.
O amigo jornalista diz que a culpa é minha e do blog. Eu acho que não, mas estou tentando achar a relação, porém, o que agora me põe a certeza ou ainda a dúvida, que homens fofos, melosos e apaixonados demais correm o risco de serem gays.
Eu não sei por quê homens heteros em fase de sua homossexualização gostam tanto de mim. Mas agora, acredito que homens heteros são mesmo os viris, os que esquecem as datas, os que não percebem o seu cabelo, a roupa ou os óculos novo. É triste, mas os homens são todos iguais e os que são diferentes, são legais. Mas não são, nunca, os ideais - até que me provem o contrário.