D'propósito

16 de janeiro de 2008

Andarilha


Subindo a Augusta numa caminhada rápida, sob o sol que parecia de 40° - ainda que no fim da tarde e quase noite. Um sujeito a minha frente caminha rápido como eu. Não exatamente como quem tem pressa ou horário para cumprir. Mas é só o caminhar paulistano, cotidiano e comum. E nessa rota que seguimos durante um longo tempo, observei bastante. Normalmente eu reparo nas pessoas, mas dessa vez foi diferente. Em passo sincronizado como o meu – e com a cara de quem vinha do trabalho - como eu -a cada estabelecimento que o homem passava as pessoas diziam aquele alô, alguns que ele cruzava na calçada davam o aperto de mão, outros um breve abraço. Tipos de gestos que na cidades do interior é comum. É como o cara da venda que todo mundo conhece. Fiquei pensando... que homem tão conhecido seria ele.
Mas eu não o conhecia e, nos passos que seguiram até a nossa separação de calçadas, pensei que São Paulo estava ficando pequena. Não para ele, provavelmente não para ele, mas para mim.

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