Com os cabelos naturais da sua raiz negra, ela levantou da cama olhou no espelho e não os penteou. Colocou a calça xadrez, a blusa verde, all star e foi trabalhar. No meio da rua ela cantava alto o samba que mexe, remexe e dá nó das cadeiras. Alguns passavam, olhava e a achava louca. Outros cediam-se ao samba. Depois de diversos olhares -bons e ruins – ela terminou o dia cercada de músicos incríveis. Voltou cantando, também. Em alto e bom tom, e aquele dia que tinha tudo para dar errado – ou quase tudo – foi diferente e deu tudo absolutamente certo. Ela se sentia, se sentiu e se sente feliz. Agora ela vai estudar música.
E ela, sou eu.
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