Celular vibra e toca “Help” dos Beatles. Do outro lado é o papai. Na conversa cotidiana de sempre, respondo sempre que sim. Sim, estou bem. Sim, estou me comportando. Sim, estou cuidando do Luck. E um único não. Não, não, estou brigando com a mamãe e nem usando drogas – acho que isso já se resumiu a dois 'nãos'. Mas enfim, e perto do fim da ligação, como quase nunca ele faz ou fez, eis uma pergunta.
- E o Victor?
Mmmm, pensei. Coração de pai é uma coisa, não é mesmo?!. E então vem a minha resposta:
- É, é...é. Tá bem. Muito bem.
- Ok, então veja um horário pra mim na sua agenda.
Hahaha, que graça! Papai mal sabe que boa parte da minha agenda volta a ser quase toda dele. Porque ele é o Carinha.
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